A polícia turca matou nesta terça-feira (6) duas pessoas armadas que atacaram os guardas que trabalhavam na segurança do principal tribunal de Istambul, anunciou o Ministério do Interior.
O ministro Ali Yerlikaya atribuiu o ataque ao Partido da Frente Libertação Popular Revolucionária (DHKP-C), um grupo marxista-leninista considerado "terrorista" por Ancara e seus aliados ocidentais, que comete atentados na Turquia desde a década de 1980.
"Um ataque terrorista aconteceu hoje contra o ponto de controle da entrada C do Palácio de Justiça de Caglayan", anunciou o ministro do Interior na rede social X.
A organização não reivindicou o ataque até o momento.
"Felicito nossas forças de segurança, que eliminaram os ataques perigosos graças a uma intervenção oportuna", declarou o presidente Recep Tayyip Erdogan.
"Dois terroristas, uma mulher e um homem, foram neutralizados", acrescentou.
Erdogan disse que três policiais e três civis ficaram feridos no ataque e que um dos civis não resistiu aos ferimentos.
Uma testemunha disse à AFP que os criminosos abriram fogo contra a polícia após uma breve discussão em um posto de controle perto de uma entrada do prédio.
"Aconteceu uma discussão na porta de saída. Vi duas pessoas, um homem e uma mulher, atirando contra a polícia. O homem foi baleado primeiro. Depois a mulher atirou mais algumas vezes. Eles atiraram nela", disse Mahir Yildiz, de 25 anos.
"Ouvi entre 20 e 25 tiros. O pânico dominou o local e havia muito medo", acrescentou.
O DHKP-C, que também é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, luta contra a influência americana no Oriente Médio e no mundo.
Em 2014, Washington ofereceu uma recompensa de 3 milhões de dólares pela captura dos líderes do grupo.
O DHKP-C cometeu em 2015 um atentado contra o Palácio de Justiça de Istambul que matou o procurador Mehmed Selim Kiraz.
* AFP