O presidente do Irã pediu, neste domingo (11), a exclusão de Israel da ONU, durante a celebração do 45º aniversário da revolução islâmica no seu país, comemorado com comícios em Teerã e em outras grandes cidades.
O apoio à causa palestina e à luta do Hamas contra Israel na Faixa de Gaza, juntamente com as críticas aos países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, foi o tema principal das cerimônias tradicionais por ocasião do aniversário da revolução de 1979.
"Propomos excluir a entidade sionista das Nações Unidas", declarou o presidente Ebrahim Raisi, referindo-se a Israel, um país que o Irã não reconhece.
"O que está acontecendo hoje em Gaza é um crime contra a humanidade, e os apoiadores deste regime criminoso são os Estados Unidos e alguns países ocidentais", acrescentou durante um discurso a milhares de pessoas reunidas na Praça Azadi ("Liberdade"), na capital.
O presidente Raisi acusou Israel de ter "violado 400 declarações, resoluções e acordos" assinados dentro de "organizações internacionais".
O Irã é um dos principais apoiadores do Hamas na guerra desencadeada em 7 de outubro por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestino no sul de Israel, que deixou mais de 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Em represália, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, que considera uma organização terrorista.
O Exército israelense lançou uma ofensiva que matou mais de 28 mil pessoas em Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista, no poder no território desde 2007.
Na Praça Azadi, em Teerã, os reunidos seguravam retratos do "líder supremo", o aiatolá Ali Khamenei; do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, e do popular general Qasem Soleimani, morto em um ataque do Exército dos EUA a Bagdá, em janeiro de 2020.
E entoavam os slogans "abaixo os Estados Unidos", "abaixo Israel" e "abaixo o Reino Unido", principais adversários da República Islâmica desde 1979.
* AFP