Os bombardeios americanos mataram 17 combatentes huthis do Iêmen na manhã deste sábado (10), informou a mídia oficial do grupo rebelde após o funeral dos falecidos em Sanaa, capital do país.
A mídia oficial divulgou a lista dos mortos, que descreveu como "mártires da nação e das forças armadas e de segurança", cujos corpos foram "transportados em procissão solene em Sanaa" depois de terem sido mortos "em um bombardeio da agressão americano-britânica."
Os Estados Unidos bombardearam, na quinta-feira, com quatro drones e sete mísseis de cruzeiro "prontos para serem lançados contra navios no Mar Vermelho" e pertencentes aos huthis, que controlam grandes partes do Iêmen, incluindo a capital.
Esses drones e mísseis foram "identificados em áreas do Iêmen controladas pelos huthis" e representavam "uma ameaça iminente" ao transporte marítimo, disse o Comando Militar dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom).
Os Exército americano também bombardeou posições huthis perto do Irã na quarta-feira.
Desde novembro, o grupo rebelde tem lançado ataques contra navios que navegam no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, e que considera ligados a Israel, em "solidariedade" com os habitantes de Gaza.
Os ataques forçaram inúmeras companhias marítimas a evitar essa rota vital, através da qual passa cerca de 12% do comércio marítimo global.
Washington, aliado de Israel e que considera os huthis uma entidade "terrorista", criou em dezembro uma coalizão internacional para "proteger" o tráfego marítimo na zona.
Mas a coalizão até agora não conseguiu impedir os ataques, por isso as forças americanas decidiram bombardear as posições huthis, juntamente com o Exército britânico.
* AFP