Um tribunal do Japão declarou nesta terça-feira três ex-soldados culpados de agressão sexual contra uma militar e os condenou a períodos na prisão com suspensão condicional da pena, na conclusão de um caso que despertou interesse dentro de fora do país.
O tribunal de Fukushima declarou Shutaro Shibuya, Akito Sekine e Yusuke Kimezawa culpados de "indecência forçada" contra Rina Gonoi durante um exercício militar em 2021. Os três foram condenados a dois anos de prisão, mas com suspensão condicional da pena por quatro anos.
Em um país socialmente conservador, Gonoi, de 24 anos, compartilhou no YouTube sua versão do que aconteceu depois que uma investigação militar interna foi arquivada por falta de evidências.
A atenção pública provocada pelo vídeo viral e uma petição assinada por mais de 100.000 pessoas forçaram o Ministério da Defesa a reconhecer a agressão e apresentar um pedido de desculpas.
Em março, os promotores reverteram uma decisão anterior e acusaram os três homens, que receberam baixa do serviço militar.
Gonoi, que compareceu ao tribunal nesta terça-feira para ouvir o veredito, declarou à AFP em fevereiro que a decisão de revelar a agressão foi um ato "mais de desespero que de coragem".
Ela contou como, durante um exercício em 2021, três colegas a jogaram no chão, separaram suas pernas à força e pressionaram repetidamente suas virilhas contra ela enquanto outros observavam e davam risadas.
* AFP
