Promotores japoneses realizaram uma operação nesta terça-feira (19) em escritórios do partido que governa o país devido a um escândalo de financiamento que forçou o primeiro-ministro, Fumio Kishida, a demitir quatro ministros na semana passada, informou a imprensa local.
O canal público NHK exibiu imagens do momento em que os investigadores entraram em um edifício que abriga a sede da maior ala do Partido Liberal Democrata (PLD), após a divulgação de relatos de que autoridades receberam subornos de 500 milhões de ienes (3,4 milhões de dólares, 16,7 milhões de reais).
"O partido deve trabalhar para recuperar a confiança da opinião pública com um forte senso de urgência", declarou Kishida, antes de destacar que não poderia fazer comentários detalhados sobre a investigação.
Algumas horas antes, o secretário-geral do PLD, Toshimitsu Motegi, descreveu a operação como "extremamente lamentável". Ele disse que o partido adotará "as medidas necessárias enquanto observava o avanço da investigação".
Kishida demitiu quatro ministros na semana passada, incluindo o principal porta-voz do governo e o ministro do Comércio, que não informaram sobre fundos políticos, algo exigido pela lei.
Os promotores de Tóquio também compareceram à sede de outra ala do PLD, que ainda tem dois ministros no Executivo japonês.
Segundo a imprensa, os promotores investigam cinco das seis alas do PLD que supostamente receberam fundos políticos e não declararam os recursos.
A popularidade de Kishida registra o pior índice desde que o PLD retornou ao poder em 2012.
* AFP