Uma operação policial conjunta de vários países europeus e dos Estados Unidos, em coordenação com as autoridades locais, prendeu na Ucrânia um suspeito de liderar uma gangue de hackers, acusados de vários ataques cibernéticos que geraram perdas de centenas de milhões de euros, anunciou a Europol nesta terça-feira (28).
A Europol, a agência da União Europeia para a cooperação policial, informou que as forças de segurança revistaram 30 casas no oeste e centro da Ucrânia, principalmente em Kiev e Cherkasy, mas também nas cidades de Vinnitsa e Rivne.
Na operação, prenderam um homem de 32 anos, acusado de ser o chefe de um grupo que realiza crimes cibernéticos, e quatro pessoas suspeitas de serem seus cúmplices em ataques contra diversas organizações em 71 países, que causaram perdas de "centenas de milhões de euros".
Estes crimes têm como objetivo conseguir o acesso a sistemas informáticos para bloquear ou roubar os seus dados e pedir uma recompensa em troca da recuperação da informação ou sob a ameaça de divulgá-la.
Mais de 20 agentes da França, Alemanha, Noruega e Estados Unidos foram enviados para Kiev para ajudar a polícia ucraniana nas detenções.
A Europol destacou que "em um esforço sem precedentes, as autoridades policiais e judiciais de sete países uniram suas forças" para prender os acusados de usar programas informáticos maliciosos para exigir resgates.
A agência europeia indicou que esta operação ocorre "em um momento crítico" em que a Ucrânia enfrenta uma invasão russa do seu território, iniciada em fevereiro de 2022.
* AFP