A Força Aérea da Jordânia lançou suprimentos médicos vitais para um hospital na sitiada Faixa de Gaza, afirmou o rei Abdullah II da Jordânia nas primeiras horas desta segunda-feira (noite de domingo, 5, no Brasil).
"Nossa corajosa equipe da Força Aérea lançou pelo ar à meia-noite ajuda médica urgente para o hospital de campanha jordaniano em Gaza", informou o líder na rede social X, antigo Twitter.
"É nosso dever ajudar nossos irmãos e irmãs feridos na guerra em Gaza", comentou. "Estaremos sempre lá para nossos irmãos palestinos", acrescentou.
Israel anunciou nesta segunda-feira que o lançamento aconteceu em "coordenação" com o Exército do país.
"Durante a noite, em coordenação (com o Exército israelense), um avião jordaniano lançou material médico e alimentos para o hospital jordaniano na Faixa de Gaza", afirmou um porta-voz militar à AFP.
O anúncio do lançamento aéreo ocorreu enquanto o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, concluía uma viagem diplomática regional, durante a qual teve reuniões em Amã com seus pares da Jordânia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
No domingo, Blinken visitou a Cisjordânia ocupada, o Iraque e Chipre, como parte de sua viagem focada em ajudar os civis em Gaza e prevenir ataques de grupos apoiados pelo Irã contra as tropas americanas em retaliação à guerra na Faixa.
Os combates se intensificaram na Faixa de Gaza neste domingo, marcando o 30º dia desde que os militantes do Hamas invadiram a fronteira com Israel, matando mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, e sequestrando mais de 240, segundo autoridades israelenses.
Desde então, Israel tem bombardeado incessantemente Gaza e enviado tropas por terra, resultando em um total de 9.770 mortes no território palestino, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, afirmou neste domingo que o exército cercou a cidade de Gaza pelo norte da Faixa, dividindo o território palestino em dois.
"Agora existem uma Gaza ao sul e uma Gaza ao norte", declarou.
* AFP