Autoridades hondurenhas apreenderam, nesta segunda-feira (20), dezenas de bens, entre propriedades e veículos para transporte de drogas, de uma estrutura criminosa ligada ao cartel mexicano de Sinaloa, e capturaram cinco supostos líderes da organização, informou o Ministério Público (MP).
"O MP assegura 73 bens da estrutura criminosa com vínculos com o cartel de Sinaloa", ao mesmo tempo em que "executa apreensões e capturas", destacou a entidade em nota.
Desde a manhã desta segunda-feira, a Promotoria Especial contra o Crime Organizado (Fesco) e a Direção de Luta contra o Narcotráfico (DLCN) desenvolvem uma operação nos departamentos (estados) de Cortés, Yoro e Colón, no norte do país, "para a desarticulação" da organização criminosa, explicou.
Os promotores, juntamente com 92 detetives da DLCN e 114 efetivos da polícia militar, "realizam 18 apreensões, uma inspeção e a apreensão de duas empresas, 13 bens imóveis e 58 veículos", detalhou.
O MP destacou que as investigações para desarticular a quadrilha eram realizadas há um ano. "Está previsto executar nove ordens de captura contra seus principais integrantes", afirmou.
O porta-voz do MP, Carlos Morazán, disse à tarde à AFP que tinham "capturado até o momento cinco hondurenhos".
"Foi possível estabelecer [...] seu modus operandi e vínculos com os narcotraficantes mexicanos (do cartel de Sinaloa)", acrescentou o comunicado.
Segundo a Promotoria, a quadrilha tinha uma equipe encarregada do transporte da droga, além de outras "de segurança e assassinato" em Honduras.
Assim como os outros países da América Central, Honduras é uma ponte para a cocaína enviada por cartéis da América do Sul para os Estados Unidos.
O próprio ex-presidente Juan Orlando Hernández, que governou Honduras em dois mandatos, de 2014 a 2022, foi extraditado em abril de 2022 para Nova York, acusado de enviar 500 toneladas de cocaína aos Estados Unidos, entre 2004 e 2022.
O ex-presidente, de 55 anos, pode ser condenado à prisão perpétua, como ocorreu com seu irmão, Tony, em março de 2021.
* AFP