O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira (6) que Washington trabalha de maneira "muito ativa" para ampliar consideravelmente o volume de ajuda destinada aos civis palestinos em Gaza, que estão sob cerco do Exército de Israel.
Blinken teve uma reunião de duas horas e meia em Ancara com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que abordou uma maneira de aliviar o custo humanitário da guerra entre Israel e Hamas.
"Estamos trabalhando, como eu já disse, de maneira muito ativa para levar mais ajuda humanitária a Gaza e temos formas muito concretas de fazer isso", disse Blinken à imprensa antes de viajar ao Japão.
"Acredito que nos próximos dias veremos que a chegada de ajuda pode aumentar de forma significativa", acrescentou.
Blinken está na Turquia como parte de uma viagem pelo Oriente Médio, que incluiu negociações com os chefes de diplomacia de vários países árabes na Jordânia e uma viagem à Cisjordânia, onde se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.
O secretário de Estado americano destacou que uma "pausa" nos combates "também pode ajudar" o envio de ajuda humanitária para mais civis.
"Sabemos a profunda preocupação que existe aqui (na Turquia) com o terrível balanço de vítimas" em Gaza, disse Blinken.
"É uma preocupação que compartilhamos e pela qual trabalhamos todos os dias. Examinamos com os israelenses quais medidas podem adotar para reduzir as vítimas civis", afirmou Blinken.
O chanceler turco disse a Blinken que "é necessário impedir que Israel tome os civis como alvos e provoque o deslocamento das pessoas em Gaza". Também afirmou que é necessário declarar um "cessar-fogo imediato", informou uma fonte diplomática do país.
Israel mantém uma ofensiva incessante na Faixa de Gaza desde que milicianos do Hamas atacaram seu território em 7 de outubro e mataram 1.400 pessoas, segundo as autoridades israelenses. Os bombardeios e operações terrestres israelenses provocaram quase 10.000 mortes, segundo o Hamas, que governa o território palestino desde 2007.
* AFP