A oposição centrista pró-europeia da Polônia e outros dois partidos menores de oposição conquistaram, neste domingo (15), a maioria nas eleições legislativas da Polônia, derrotando os populistas nacionalistas do Lei e Justiça (PiS), segundo uma pesquisa de boca de urna.
A Coalizão Cívica (KO), liderada pelo ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk, junto com a Esquerda e a Terceira Via obtiveram 248 cadeiras na assembleia de 460 deputados, enquanto o PiS, que atualmente governa o país, e a Confederação, de extrema direita, somaram 212 assentos.
"A Polônia venceu, a democracia venceu, os expulsamos do poder (...), este é o fim deste período sombrio, este é o fim do reinado do PiS", proclamou Tusk após o anúncio dessas projeções.
O resultado das eleições é crucial para o futuro das relações da Polônia com a União Europeia (UE) e com a vizinha Ucrânia.
Temia-se que uma vitória do PiS aumentasse as tensões com Bruxelas e com Kiev e fosse um revés para o Estado de direito, a liberdade de imprensa, os direitos das mulheres e dos migrantes.
O PiS havia se comprometido a continuar com suas controversas reformas no sistema judiciário, que afirmam ter como objetivo erradicar a corrupção, mas que a UE considera um ataque à democracia.
A Polônia é um dos principais apoiadores da Ucrânia e acolheu um milhão de refugiados ucranianos em seu território desde o início do conflito com a Rússia.
No entanto, os poloneses estão cada vez mais relutantes em fornecer ajuda, e o governo recentemente proibiu a importação de grãos ucranianos, alegando a necessidade de proteger os agricultores poloneses.
* AFP