Os dirigentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) deram, neste domingo (30), um ultimato de uma semana aos golpistas no Níger para que restabeleçam a ordem constitucional, sem descartar um "recurso à força".
A Cedeao, reunida em uma cúpula extraordinária em Abuja, capital da Nigéria, também concordou em "suspender todas as transações comerciais e financeiras" entre os seus 15 Estados-membros e o Níger, segundo resoluções lidas no final da reunião.
Os líderes também decidiram congelar "os bens dos militares envolvidos na tentativa de golpe" e pedir a "libertação imediata" do presidente deposto Mohamed Bazoum, que está detido no palácio presidencial desde quarta-feira.
A organização econômica pediu o restabelecimento da "ordem constitucional na República do Níger dentro de uma semana" e indicou que, caso estas exigências não sejam atendidas, "tomará todas as medidas necessárias". "Essas medidas podem incluir o uso da força", acrescentou em um comunicado.
O Níger, ex-colônia francesa, sofreu esta semana um golpe militar perpetrado pelo general Abdourahamane Tiani, chefe da poderosa guarda presidencial, que na sexta-feira se autoproclamou o novo líder do país africano.
Tiani justificou o golpe pela "deterioração da situação de segurança" no país africano, assolado pela violência de grupos jihadistas.
* AFP