O Chile vai colocar em órbita um novo satélite, o FASat-Delta, destinado a captar imagens terrestres e que será lançado através de um foguete da companhia SpaceX, do magnata Elon Musk.
"A necessidade imediata [do satélite] está vinculada com a defesa, mas uma imagem de satélite fornece muita informação que pode ser útil em diferentes âmbitos" como o "monitoramento de áreas que foram afetadas por uma catástrofe natural", explicou à AFP Daniel Moraga, comandante do Grupo de Operações Espaciais da Força Aérea do Chile (FACh).
O satélite, de propriedade da FACh e da companhia israelense ImageSat International (ISI), será colocado em órbita na segunda-feira, dia 12, pelo foguete Falcon 9 Block 5, desenvolvido e operado pela SpaceX.
A nave, da companhia do também proprietário da rede social Twitter e da montadora de carros elétricos Tesla, levará mais satélites. Durante o seu percurso, o Falcon 9 deixará cada um destes equipamentos na órbita solicitada. O foguete decolará da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.
O FASat-Delta, que faz parte do Sistema Nacional de Satélites chileno, pode captar imagens em tonalidades de cinza, a cores, e vídeos de 90 segundos. Pesa 90 kg, o que o classifica como um satélite pequeno, e deverá operar em órbita baixa, a 550 km de altitude.
O Chile já lançou ao espaço três satélites: o primeiro (FASat-Alfa, 1995) não foi bem-sucedido e o segundo (FASat-Bravo, 1998) era de tipo experimental. O terceiro, FASat-Charlie, que também tem como foco a captura de imagens, foi colocado em órbita em dezembro de 2011 e continua em operação.
A Força Aérea do Chile tem planos de colocar em órbita mais nove satélites nos próximos anos. Espera-se que os mesmos sejam fabricados no próprio país.
* AFP