A junta no poder no Mali denunciou neste sábado (13) que o relatório da ONU, segundo o qual o exército e combatentes "estrangeiros" executaram ao menos 500 pessoas em 2022, é "tendencioso" e "baseado em uma narrativa fictícia".
"Nenhum civil de Moura perdeu a vida durante a operação militar", afirmou o porta-voz do governo, coronel Abdoulaye Maiga, em um comunicado lido na televisão estatal.
"Entre os mortos, só havia combatentes terroristas", acrescentou.
Um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou na sexta-feira o exército e "pessoal militar estrangeiro" de terem executado pelo menos 500 pessoas, incluindo cerca de vinte mulheres e sete crianças.
De acordo com o relatório, a execução ocorreu durante uma operação contra o jihadismo em março de 2022 em Moura, uma localidade no centro do país africano.
Esses atos podem constituir "crimes de guerra" e, "dependendo das circunstâncias", "crimes contra a humanidade", afirmou em um comunicado Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos.
* AFP