Várias centenas de pessoas se manifestaram neste domingo (23) na cidade rebelde de Idlib (noroeste da Síria), para protestar contra a recente distensão nas relações entre os países árabes e o poder do presidente Bashar al-Assad.
"Viemos hoje... para rejeitar a normalização... com este regime assassino, criminoso e terrorista", disse Fahad Abdel Karim, 49, à AFP.
"Viemos enviar uma mensagem ao mundo inteiro: com essa normalização, eles vão ganhar Bashar al-Assad, o criminoso, mas vão perder o povo sírio", disse Abdelsalam Mohammed Youssef, chefe de um acampamento para deslocados.
Damasco foi isolada pela repressão de 2011 a um levante popular que degenerou em uma guerra sangrenta. Mas o devastador terremoto de 6 de fevereiro, que matou mais de 50.000 pessoas na Turquia e na Síria, permitiu que Damasco se reconectasse com muitos países da região.
Em meados de abril, o chefe da diplomacia saudita Faisal ben Farhane fez uma visita inédita a Damasco, onde foi recebido pelo presidente Assad, confirmando a reconciliação com a monarquia do petróleo.
Também neste mês, diplomatas de nove países árabes se reuniram na Arábia Saudita para discutir o possível retorno da Síria à Liga Árabe (da qual foi suspensa em 2012), tema que ainda divide a entidade.
* AFP