Duas jovens militantes tailandesas acusadas de crime de lesa-majestade completaram nesta quarta-feira 50 dias de greve de fome para pedir o fim desta tipificação penal, punida com duras sentenças no reino.
Elas cumprem a greve em meio a certa indiferença algumas semanas antes das eleições legislativas na Tailândia.
As duas jovens, que em caso de condenação podem passar vários anos na prisão, começaram a greve em 18 de janeiro e estão atualmente em um hospital de Bangcoc, onde recebem soro, segundo o advogado Krisadang Nootjaras, do grupo de defesa dos direitos humanos TLHR.
Tantawan Tuatulanon, 21 anos, e Orawan Phupong, 23, foram acusadas de insultar o rei Maha Vajiralongkorn e sua família durante duas manifestações na capital tailandesa em 2022, segundo o TLHR.
Assim com as duas, mais de 200 manifestantes foram acusados de crimes de lesa-majestade desde os grandes protestos de 2020 que pediam uma reforma profunda da monarquia, uma questão tabu no país em que o rei tem status quase divino.
O protesto das jovens está voltado para as eleições nacionais previstas para maio, nas quais o primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha disputará a reeleição, mas nenhum partido de oposição expressou apoio às jovens.
* AFP