Pelo menos 16 pessoas morreram em um deslizamento de terra no sul do Equador, provocado pelas intensas chuvas registradas no país desde janeiro - informou a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos (SNGR) nesta segunda-feira (27).
O deslizamento, que ocorreu na noite de domingo (26) em Alausí, província de Chimborazo, também deixou sete desaparecidos, 16 feridos, cerca de 500 desabrigados e dezenas de casas soterradas pela lama, segundo o boletim.
No Twitter, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse que as equipes de bombeiros se mobilizam desde a madrugada "para atender os cidadãos afetados".
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram dezenas de socorristas e de civis tentando remover os escombros, com a ajuda de lanternas, no meio da noite.
Desde janeiro, as fortes chuvas deixaram 22 mortos e 346 desabrigados no Equador, e mais de 6.900 casas foram afetadas, e 72, destruídas, segundo a SNGR.
As províncias mais afetadas são as costeiras de Manabí, Guayas, Santa Elena, El Oro Santo Domingo de los Tsáchilas e Los Ríos, e as andinas de Cotopaxi, Bolívar e Chimborazo.
De acordo com a SNGR, desde o início do ano, foram registrados 987 eventos perigosos relacionados com os temporais, como inundações e deslizamentos de terra.
Na semana passada, as chuvas e um terremoto que deixou 15 mortos obrigaram o governo a declarar estado de emergência por 60 dias em mais da metade do país, a fim de mobilizar recursos econômicos para atender os desabrigados.
Em fevereiro, as chuvas levaram à suspensão, por cinco dias, da extração de petróleo bruto, porque um oleoduto estava em perigo pela queda de uma ponte.
* AFP