A Arábia Saudita se recusa a normalizar as relações com Israel sem a criação de um Estado palestino - declarou o ministro das Relações Exteriores do reino do Golfo, Fayçal bin Farhan, nesta sexta-feira (20).
Em visita ao reino, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, abordaram, na quinta-feira (19), a possibilidade de "expandir" os Acordos de Abraão, por meio dos quais foram oficializadas as relações entre Israel e outros países árabes.
"Uma verdadeira normalização e uma verdadeira estabilidade chegarão apenas se forem dadas esperança e dignidade aos palestinos, e isso passa por dar-lhes um Estado", disse Fayçal bin Farhan, em um vídeo divulgado hoje no Twitter.
Principal exportador mundial de petróleo bruto e maior economia árabe, a Arábia Saudita é uma colaboradora muito próxima dos Estados Unidos, mas sempre se recusou a normalizar suas relações com Israel, devido à ocupação e à colonização dos territórios palestinos.
Riade não se opôs aos Acordos de Abraão, mas afirma, repetidamente, que uma das condições para assinar tal acordo é o respeito dos direitos palestinos.
Os acordo foram assinados por Israel e vários países árabes, como Bahrein e Emirados Árabes Unidos, sob patrocínio de Washington, no final de 2020.
* AFP