O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou na terça-feira que o referendo sobre segurança, política e meio ambiente acontecerá no dia 5 de fevereiro, mesma data das eleições locais.
"O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) concordou em convocar o referendo de 2023 dentro do prazo legal para que coincida com as eleições seccionais", afirmou Lasso.
O presidente convocou por decreto uma consulta popular que pretende, entre outras coisas, abrir caminho para a extradição de equatorianos vinculados ao crime organizado e reduzir o tamanho do Congresso.
O CNE informou no Twitter que a campanha do referendo vai acontecer de 3 de janeiro a 2 de fevereiro de 2023.
"A consulta é uma ferramenta para derrotar o principal inimigo de todos: o narcotráfico e o crime organizado", disse o presidente, que está no poder desde maio de 2021.
O referendo apresentará oito perguntas, incluindo uma sobre a extradição de equatorianos que cometeram delitos ligados ao crime organizado transnacional, problema que assola o país e provocou um aumento de homicídios e apreensões de drogas.
"É o momento de reconhecer que não podemos viver em constante estado de exceção. A lei não autoriza. Por isso exigimos, sim ou sim, uma solução direta, permanente e clara", acrescentou o chefe de Estado.
Lasso também propõe a redução do tamanho da Assembleia Nacional, onde o partido governista tem apenas 13 dos 137 deputados e a oposição está dispersa. Também pretende que os partidos políticos tenham um número mínimo de membros e passem por auditorias de maneira periódica.
* AFP
