O Irã executou três homens condenados por estupro e agressão sexual na cidade de Shiraz, no sul do país, nesta quinta-feira (22), mais de um ano após sua prisão - informaram as autoridades judiciais.
"Os autores de agressões e estupros de mulheres em Shiraz, que foram identificados e presos em outubro do ano passado, foram enforcados esta manhã", disse a agência de notícias da autoridade judiciária, a Mizan Online.
"Este grupo de três pessoas cometeu assaltos à mão armada, agrediu e estuprou várias mulheres no ano passado", disse o procurador-geral da província de Fars, Kazem Mousavi, citado pela Mizan.
Os três homens foram condenados à morte em julho e seus veredictos foram revisados e confirmados pelo Supremo Tribunal, de acordo com a mesma fonte.
O Irã é o segundo país do mundo em número de execuções, atrás da China, segundo a ONG Anistia Internacional.
A Justiça iraniana diz ter condenado 11 pessoas à morte, por relação com os protestos que abalaram o país desde meados de setembro. Essas manifestações tiveram início após a morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial. Ela foi presa pela polícia da moral acusada de não usar o véu corretamente.
No contexto dessas manifestações, as autoridades iranianas já executaram duas pessoas.
Majidreza Rahnavard, de 23 anos, foi enforcado em público em 12 de dezembro. Ele foi considerado culpado de matar dois membros das forças de segurança com uma faca.
Condenado por ter ferido um membro das forças de segurança, Mohsen Shekari, também de 23 anos, foi executado quatro dias antes.
De acordo com vários ativistas, mais de dez pessoas enfrentam acusações que podem levar à pena de morte.
* AFP