O governo da África do Sul anunciou nesta quarta-feira (7) a liberdade condicional para Janusz Walus, que assassinou o ativista contra o apartheid Chris Hani em 1993.
"Janusz Walus foi colocado em liberdade condicional nesta quarta-feira, 7 de dezembro", disseram os serviços penitenciários em um comunicado.
No final de novembro, o máximo tribunal do país concedeu a liberdade antecipada a Janusz Walus, de 69 anos, depois de passar 30 anos atrás das grades.
Condenado à morte e depois à prisão perpétua, esse imigrante polonês - ligado à extrema-direita africânder branca - deve ser libertado da prisão em dez dias.
"Walus não saiu do hospital até hoje porque estava em tratamento após ser esfaqueado", explicaram os serviços penitenciários, acrescentando que não há dúvidas de que o condenado é "uma figura polarizadora" no país.
Ele foi esfaqueado em 29 de novembro na prisão de Pretória, onde cumpria sua pena, aparentemente por outro preso.
O anúncio de sua libertação despertou lembranças dolorosas na África do Sul.
Uma manifestação em Pretória, convocada pelo Partido Comunista (SACP) e pelo ANC (partido no poder), reuniu várias centenas de pessoas na semana passada.
Alto funcionário do braço armado do ANC, Chris Hani, de 50 anos, foi assassinado em 10 de abril de 1993 em um contexto de delicadas negociações com o poder branco, em vista das primeiras eleições democráticas.
* AFP