Dez pessoas, incluindo uma mulher e dois adolescentes, além de um policial, foram mortas a tiros na quarta-feira (16) no Irã por dois motociclistas, em dois incidentes separados no Cuzistão e em Isfahan - anunciaram a imprensa e uma fonte médica nesta quinta (17).
Em Izeh, na província do Cuzistão (sudoeste), "elementos terroristas armados" chegaram em duas motocicletas e abriram fogo contra um mercado onde manifestantes e forças de segurança se reuniam.
Cinco pessoas foram mortas, e dez, feridas, anunciou uma autoridade local, citada pela agência oficial de notícias Irna.
"Dois feridos morreram na manhã desta quinta-feira, elevando o total para sete mortos e oito feridos", informou um funcionário do hospital Jondi-Chapur em Ahvaz, capital da província, de acordo com a agência Irna.
Entre os mortos, estão uma mulher de 45 anos e dois menores de 9 e 13 anos, segundo a mesma fonte.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ordenou que as autoridades "ajam rapidamente para identificar os autores do ataque e levá-los à Justiça para que sejam punidos", informou a agência de notícias local Fars.
Poucas horas depois, em Isfahan, no centro do Irã, dois agressores, também em uma motocicleta e munidos de armas automáticas, atiraram em agentes de segurança, matando um coronel da polícia e dois paramilitares (da força Basij).
Outros sete agentes ficaram feridos, segundo a televisão pública.
Estes ataques se inserem em um contexto de manifestações que abalam a República Islâmica, deflagradas com a morte, em 16 de setembro, da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos.
Ela faleceu três dias depois de ser detida pela polícia da moralidade em Teerã, acusada de violar o rigoroso código de vestimenta que obriga as mulheres a usarem o véu islâmico em público.
* AFP