As autoridades sauditas executaram o dobro de pessoas até agora este ano em comparação com o total de 2021, um aumento desta prática que é criticada por grupos de direitos humanos.
Na noite de quinta-feira, a assessoria de imprensa oficial da Arábia Saudita anunciou a execução de um cidadão jordaniano por tráfico ilegal de cápsulas de anfetaminas, elevando para 138 o número total de execuções até agora neste ano, segundo contagem feita pela AFP.
Em 2021, 69 pessoas foram executadas no reino, que viu uma queda acentuada na aplicação da pena de morte em 2020, quando foram registradas 27 execuções. Em 2019, foram 187 executados.
Há uma semana, a Arábia Saudita anunciou a execução de dois paquistaneses condenados por tráfico de heroína, a primeira sentença de morte por um delito relacionado a drogas em três anos.
A Anistia Internacional condenou a retomada da aplicação da pena de morte para crimes relacionados a drogas, um revés para a moratória que o país havia anunciado em janeiro de 2021.
As autoridades sauditas não especificam o método utilizado para aplicar a pena de morte, mas em geral o reino recorre à decapitação dos condenados.
Em março, a execução de 81 pessoas no mesmo dia condenadas por crimes terroristas gerou indignação na comunidade internacional.
* AFP