A Índia efetuou com sucesso, nesta sexta-feira (14), o disparo de um míssil balístico a partir de um submarino de propulsão nuclear fabricado no país, indicou o Ministério da Defesa.
Com esse teste, a Índia se junta ao grupo seleto de cinco países no mundo - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido - com capacidade de ataques e contra-ataques nucleares em terra, mar e ar.
Além disso, o lançamento coloca em destaque o esforço do país asiático para construir seu próprio equipamento militar.
A Índia é um dos maiores importadores de armas do mundo e depende, em grande medida, da Rússia, seu maior e mais antigo fornecedor.
O disparo "é significativo para mostrar a competência da tripulação e validar" os mísseis balísticos submarinos, "um elemento-chave na capacidade de dissuasão nuclear da Índia", disse o ministério.
A pasta também indicou que "todos os parâmetros operacionais e tecnológicos do sistema armamentista" disparado do submarino INS Arihant, na baía de Bengala, foram aprovados.
A Índia travou algumas guerras e mantém disputas fronteiriças com seus vizinhos com capacidade nuclear, a China e seu arquirrival Paquistão.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi apresentou recentemente o primeiro lote de helicópteros de ataque fabricados na Índia, projetados para serem usados em regiões de grande altitude como o Himalaia, onde suas tropas entraram em confronto com soldados chineses em 2020.
Em setembro, o país revelou seu primeiro porta-aviões de fabricação local, um marco nos esforços de Nova Délhi para se contrapor à crescente força militar da China na região.
* AFP