A relação com Moçambique, que em breve irá exportar gás natural, é "estratégica e prioritária" para Portugal, disse o primeiro-ministro Antonio Costa no final de uma visita ao país africano, na qual se desculpou por um massacre cometido durante a época colonial .
"Para Portugal, a relação com Moçambique é estratégica e prioritária", escreveu Costa na sua conta de Twitter, após uma visita oficial de dois dias a Moçambique na sexta e no sábado.
Um dos pontos fortes da visita foi o pedido de perdão a esta antiga colônia portuguesa independente desde 1975, pelo massacre perpetrado na cidade de Wiriyamu em 1972, no qual cerca de 400 civis morreram pelas mãos de soldados portugueses.
"Quase 50 anos depois daquele terrível dia de 16 de dezembro de 1972, não posso deixar de recordar e me curvar à memória das vítimas do massacre de Wiriyamu, um ato injustificável que desonra a nossa história", disse Antônio Costa à noite num jantar com o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.
Durante a visita, Costa indicou ainda que Moçambique, que em breve começará a exportar gás natural, poderá ajudar a "resolver a crise energética mundial". O primeiro-ministro português apontou o porto de Sines como a futura "porta de entrada para a Europa" do gás liquefeito moçambicano.
* AFP