A Hungria anunciou a criação de dois organismos anticorrupção responsáveis por garantir o uso adequado dos fundos europeus, em um esforço para tranquilizar a UE e receber os valores.
A Comissão Europeia iniciou em abril um procedimento de condicionalidade contra a Hungria, pelo temor de uso indevido de fundos comunitários na forma de corrupção e fraude pelo governo de Viktor Orban, que está no poder há 12 anos.
Em resposta, um decreto publicado no domingo à noite estabelece a criação em 21 de novembro de uma autoridade "independente" para "prevenir, detectar e corrigir ilegalidades e irregularidades" na gestão de fundos europeus.
Também começará a funcionar em 1 de dezembro um Grupo de Trabalho Anticorrupção, formado por membros do governo e de outros partidos que estão fora do Executivo, para reforçar a transparência nos contratos públicos, segundo o decreto.
A Comissão Europeia iniciou o procedimento para evitar uma violação das normas de transparência no uso dos fundos destinados a Budapeste como parte do orçamento da UE para o período 2021-2027.
Além do orçamento da UE, a Hungria também tem uma cota de 5,8 bilhões de euros como parte dos fundos de recuperação pós-pandemia NextGeneration, mas seu plano de gastos para estes recursos não foi aprovado por Bruxelas devido às mesmas preocupações.
A economia húngara precisa destes fundos, em um momento de pressão com uma moeda local desvalorizada e inflação elevada.
* AFP