Um total de 21 combatentes separatistas e seis membros do ramo da Al-Qaeda no Iêmen morreram nesta terça-feira (6) em um ataque do grupo jihadista no sul do país, informaram fontes do governo e de segurança.
Os combatentes da Al-Qaeda atacaram posições das forças separatistas do "Cinturão de Segurança" na província de Abyan, em confrontos que duraram aproximadamente três horas, disseram essas fontes à AFP.
Duas fontes de segurança confirmaram o número de mortos.
O Iêmen foi assolado por conflitos desde que rebeldes houthis apoiados pelo Irã assumiram o controle da capital Sanaa em 2014, desencadeando uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita em apoio ao governo em apuros no ano seguinte.
O lado hostil aos rebeldes houthis inclui forças heterogêneas, como os combatentes separatistas atacados nesta terça-feira.
Eles pertencem ao chamado "Cinturão de Segurança", grupo treinado e equipado pelos Emirados Árabes Unidos, um dos pilares da coalizão. Sua ambição é criar um Iêmen do Sul independente, como foi o caso até 1990.
O Cinturão de Segurança tem como missão proteger as regiões do sul, que são um ponto interessante para os Emirados por seu acesso ao mar e ao Chifre da África.
O caos da guerra beneficiou grupos armados, incluindo a Al-Qaeda na Península Arábica, que ataca tanto os houthis quanto as forças do governo.
A guerra no Iêmen, o país mais pobre da Península Arábica, deixou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, com dois terços da população precisando de ajuda humanitária, segundo a ONU.
* AFP