A presidente taiwanesa Tsai Ing-wen afirmou nesta terça-feira (23) que a população de Taiwan segue determinada a defender a ilha após as grandes manobras militares executadas pela China.
As tensões no Estreito de Taiwan aumentaram consideravelmente em agosto com as manobras, as maiores executadas por Pequim, como resposta à visita a Taipé da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Tsai fez as declarações após uma reunião com uma delegação de acadêmicos dos Estados Unidos, no 64º aniversário de um ataque da artilharia chinesa, conhecido como "bombardeio 823".
"Aquela batalha para proteger nosso território mostrou ao mundo que nenhuma ameaça diminui a determinação da população de Taiwan de defender sua nação, nem no passado, nem no presente, nem no futuro", disse Tsai.
A China disparou 470.000 projéteis nas Kinmen Islands e em outras pequenas ilhas em 1958, em um ataque de 44 dias que matou 618 pessoas.
Taiwan vive sob a ameaça constante de uma invasão da China, que considera a ilha, que tem o próprio governo democrático, parte de seu território e que um dia deve ser integrado, inclusive pela força se necessário.
Pequim considera uma afronta qualquer visita de diplomatas ou líderes ocidentais a Taiwan
Uma semana depois da visita de Pelosi, Pequim enviou navios e aviões de guerra e disparou mísseis perto das águas e do espaço aéreo de Taiwan.
Taiwan acusou a China de usar a visita de Pelosi como pretexto para organizar um treinamento para uma futura invasão da ilha.
* AFP