A Polônia e os três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) planejam proibir ou restringir unilateralmente os vistos para cidadãos russos, se não houver acordo para fazê-lo em nível europeu, anunciaram nesta quarta-feira (31).
Os ministros das Relações Exteriores europeus, reunidos nesta quarta-feira em Praga, estão divididos sobre a possibilidade de proibir ou reduzir o acesso de turistas russos à União Europeia (UE), em retaliação à guerra na Ucrânia, como reivindica Kiev.
Se não houver consenso sobre as restrições para o espaço Schengen, que exige a unanimidade dos Estados-membros, o bloco poderia definir a suspensão total do acordo concluído em 2007 entre a UE e Moscou, que prevê facilidades para os vistos de curto prazo (um processo simplificado e mais rápido).
Após o início do conflito, este acordo foi parcialmente suspenso pela UE para os cidadãos russos relacionados ao governo (delegações oficiais, diplomatas, empresários...), mas outros continuam se beneficiando.
Sem este sistema, será aplicado o processo tradicional para obter o visto, muito mais longo e caro.
Em uma declaração conjunta, Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, todos fronteiriços com a Rússia, estimaram que a suspensão total foi "uma primeira etapa necessária", mas que era preciso "limitar drasticamente o número de vistos entregues, sobretudo os vistos turísticos, para reduzir o fluxo de cidadãos russos para a UE e o espaço Schengen".
"Até que essas medidas sejam implementadas no nível da UE, (...) planejamos introduzir a nível nacional medidas de proibição temporária de vistos ou restringir a entrada de cidadãos russos com visto da UE", acrescentaram, embora tenham assegurado que incluíam exceções para "dissidentes e outros casos humanitários".
* AFP