Pelo menos 12 civis foram mortos no Mali depois da explosão de bombas escondidas em cadáveres que familiares tentavam identificar, informaram um funcionário do governo e a polícia neste sábado, acusando grupos jihadistas.
Na sexta-feira, "os jihadistas mataram dois civis em Ouakan" perto de Bankass, no centro do Mali, "antes de colocar armadilhas em seus corpos", disse à AFP um funcionário de uma cidade vizinha, sob condição de anonimato.
"Quando os familiares dos mortos vieram procurar os corpos, houve uma explosão e pelo menos outras dez pessoas morreram", acrescentou.
Esta versão foi confirmada por outro funcionário eleito da região, que indicou que "no momento há outros civis desaparecidos em Ouakan" e não se sabe se "morreram ou não". Uma fonte policial confirmou à AFP "o balanço provisório de doze civis mortos".
A partir deste sábado, um dispositivo de segurança seria acionado "para proteger as populações".
"Os jihadistas estão usando cada vez mais métodos criminosos. Em Ouakan eles prenderam corpos em armadilhas que foram detonadas", disse a fonte.
Várias dezenas de habitantes de Ouakan deixaram suas casas neste sábado para se refugiar em cidades vizinhas, temendo novos ataques, segundo depoimentos coletados pela AFP.
Mali, um país pobre localizado na instável região do Sahel, sofre uma grave crise de segurança desde 2012, após a eclosão da independência e insurreições jihadistas no norte.
* AFP