A missão das Nações Unidas no Iraque denunciou nesta quinta-feira (2) o "clima de medo e intimidação" contra a liberdade de expressão neste país do Oriente Médio, onde houve inúmeros assassinatos e ataques com explosivos durante o último ano.
O relatório, que reúne eventos ocorridos entre maio de 2021 e maio de 2022, estima em 26 o número de incidentes "que visavam reprimir qualquer dissidência e foram cometidos por grupos armados não identificados".
Entre eles, houve "um assassinato, três tentativas de assassinato, cinco agressões violentas, a invasão de um domicílio e 14 ataques com explosivos".
Produzido pela Missão de Assistência da ONU no Iraque (Unami) e o Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU, o relatório é fruto de 27 entrevistas individuais e reuniões com autoridades judiciais iraquianas.
A missão da ONU denuncia "a impunidade persistente com os ataques contra manifestantes , (...) ativistas e dissidentes com opiniões críticas" cometidos por "grupos armados" e "atores políticos".
Os responsáveis por esses assassinatos e sequestros não reivindicaram sua autoria, mas opositores apontam as poderosas facções armadas pró-Irã vinculadas ao governo de Bagdá.
* AFP