Dois capacetes azuis da missão da ONU no Mali morreram nesta sexta-feira (3) após a explosão de um dispositivo explosivo, afirmou o porta-voz da missão, enquanto o exército do Mali anunciou a morte de dois soldados e a "neutralização" de 40 jihadistas.
Os soldados, que morreram perto de Douentza (centro), no eixo que leva a Timbuktu (norte), faziam parte do contingente egípcio da Minusma, disse um oficial de segurança. Além disso, dois militares estão feridos, explicou Olivier Salgado, porta-voz da missão nas redes sociais.
Nos últimos três dias, três capacetes azuis morreram no país. Na quarta-feira, um soldado jordaniano morreu após um ataque com armas pequenas e um lançador de foguetes contra um comboio em Kidal (norte).
Com mais de 12.000 soldados destacados no país, a Minusma é a missão da ONU que mais sofreu baixas no mundo. Desde sua criação em 2013, 174 soldados da paz morreram em atos hostis.
Por outro lado, o exército do Mali anunciou a morte de dois soldados na quinta-feira no norte do país, assim como a de mais de 40 jihadistas, "neutralizados" em diferentes operações desde meados de maio.
Mali, país pobre do Saara, sofreu dois golpes de Estado militares em agosto de 2020 e maio de 2021.
Desde 2012, o Mali é palco de ataques de grupos jihadistas vinculados à Al Qaeda e à organização Estado Islâmico, assim como de atos de violência de todo tipo perpetrados por milícias autoproclamadas de autodefesa e bandidos.
A violência se espalhou do norte em 2012 para o centro e depois para Burkina Faso e Níger.
* AFP