Os rebeldes houtis, que controlam uma parte do Iêmen, prometeram deixar de recrutar crianças para o conflito bélico, como parte de um "plano de ação" assinado com a ONU, em um momento em que o país conhece uma rara trégua.
Apoiados pelo Irã, e em guerra há mais de sete anos contra as forças do governo - que são apoiadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos -, os houtis são acusados por várias ONGs de recorrer a crianças soldados no conflito.
"Os houtis assinaram um plano de ação com as Nações Unidas para pôr fim e evitar o recrutamento e a utilização de crianças nos conflitos armados", anunciou a ONU em um comunicado na segunda-feira (18).
O acordo também tem como objetivo impedir "o assassinato e a mutilação de crianças, os ataques contra escolas e hospitais e outras violações graves", precisa o comunicado.
Segundo as Nações Unidas, o plano de ação foi assinado no começo da trégua, que entrou em vigor em 2 de abril - primeiro dia do Ramadã, o mês sagrado do jejum muçulmano -.
"Este novo compromisso dos houtis é um passo positivo e alentador", disse Virginia Gamba, representante do chefe da ONU para a defesa das crianças em países em conflito.
"O plano de ação deve ser aplicado plenamente e dar lugar a medidas concretas para melhorar a proteção das crianças no Iêmen", acrescentou, citada no comunicado.
* AFP