O primeiro-ministro nacionalista húngaro, Viktor Orban, afirmou nesta quarta-feira (6) que sugeriu ao presidente russo Vladimir Putin que declare um "cessar-fogo imediato" e converse com os líderes ucraniano, francês e alemão.
Orban disse à imprensa que conversou com Putin e propôs a ele "declarar um cessar-fogo imediato".
Acrescentou que o convidou a visitar Budapeste para discussões com os líderes ucraniano, francês e alemão.
O líder húngaro disse, sem dar mais detalhes, que a resposta do presidente russo à ideia de uma reunião "foi positiva, mas com condições".
Orban afirmou que o chefe de Estado russo teve a iniciativa da ligação, cujo objetivo inicial era parabenizá-lo pela sua quarta vitória consecutiva nas legislativas de domingo.
A Hungria, membro da UE e da Otan, não condenou diretamente Putin desde o início da ofensiva militar russa, mas condenou a invasão da Ucrânia.
"É certo que não enviaremos armas à Ucrânia. Não cederemos à pressão para ampliar as sanções ao petróleo e ao gás russo", destacou Orban.
Questionado sobre a cidade ucraniana de Bucha, ao noroeste de Kiev - onde foram encontradas dezenas de corpos na semana passada - se limitou a afirmar que "é preciso examinar todas as atrocidades, porque vivemos em uma era de manipulação em massa".
Também pediu "uma análise independente e igualitária" e que os civis sejam protegidos "a todo custo".
* AFP