Um grupo vinculado à organização Estado Islâmico matou esta semana cerca de 40 civis em uma região do norte do Mali, onde facções jihadistas enfrentam rivais, informaram nesta sexta-feira (18) fontes desta região à AFP.
"Há pelo menos 40 mortos civis em três lugares" da localidade de Tessit, perto das fronteiras do Mali com Burkina Faso e Níger, detalhou um funcionário, que pediu para ter sua identidade preservada por razões de segurança.
Este balanço, informou, é provisório, pois os relatórios chegam de forma fragmentada e lenta sobre posicionamentos remotos e perigosos.
As vítimas "são civis acusados de cumplicidade com outro grupo" jihadista, acrescentou.
Dois moradores de Tessit que vivem em Gao e Bamaco confirmaram a magnitude dos massacres com base em testemunhos de sobreviventes que conseguiram fugir da região.
Moussa Ag Acharatoumane, porta-voz de uma milícia do norte do Mali, fez um balanço similar.
Os fatos ocorreram na região "das três fronteiras", um dos focos de violência que afeta a região do Sahel.
Duas forças são particularmente ativas: o Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS) e o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos, uma aliança da esfera da Al Qaeda.
As duas enfrentam os exércitos dos países da região e desde 2020 travam, assim, uma guerra pelo controle dos territórios.
A junta militar, no poder no Mali, exigiu nesta sexta-feira (18) que a França retire de imediato" suas tropas do Mali.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quinta-feira o início da operação de retirada das tropas do país europeu, que combatem os jihadistas do Sahel desde 2014.
* AFP