Pelo menos 26 pessoas morreram eletrocutadas, nesta quarta-feira (2), quando um fio de alta tensão caiu em um canal que atravessa um mercado ao oeste de Kinshasa - informaram fontes oficiais.
"O cabo se partiu e, ao cair, a parte carregada de eletricidade terminou em um canal cheio de água da chuva", disse o porta-voz do governo local, Charles Mbutamuntu, à AFP.
"Até agora, temos 26 mortos eletrocutados", acrescentou.
"Os mortos são principalmente vendedores e clientes do mercado Matadi-Kibala, e também alguns pedestres. Estamos levando os corpos para o necrotério e uma investigação será aberta para apurar responsabilidades", acrescentou.
Por seu lado, a presidência congolesa afirmou no Twitter que "lançará luz sobre as causas desta tragédia e os responsáveis terão que responder", e recordou que há alguns meses o presidente Felix Tshisekedi tinha decidido "deslocalizar rapidamente esse mercado, face ao perigo que representa a sua localização atual".
A Sociedade Nacional de Eletricidade (SNEL) indicou em um comunicado que "um raio cortou o cabo de alta tensão".
Um responsável dessa empresa, pública, disse à AFP que "a lei proíbe construir sob cabos de alta tensão, mas o Ministério de Terras concedeu ilegalmente as licenças nesses espaços, sem prestar atenção".
Muitos moradores de Kinshasa compram alimentos da província de Kongo Central, no sudoeste, no mercado Matadi-Kibala.
Em Kinshasa, como em todo o país, a manutenção dos cabos SNEL é precária. Em alguns lugares, carecem de revestimento e se alinham nas ruas, ao ar livre, por onde passam os pedestres.
* AFP