As forças de segurança do Iraque anunciaram nesta quinta-feira (30) uma investigação sobre a morte de vários civis durante uma operação de detenção de suspeitos de "terrorismo" no centro do país.
Três fontes de segurança asseguraram à AFP que um dos suspeitos se entrincheirou em casa e matou pelo menos uma dezena de seus familiares, entre eles menores, antes de se suicidar para evitar ser preso.
A agência de notícias estatal INA mencionou um balanço de 20 civis mortos.
A tragédia ocorreu no município de Al Rashayed, na província de Babilônia (centro), ao sul de Bagdá, onde as forças especiais e agentes de Inteligência prepararam uma operação na casa do suspeito, "acusado de terrorismo", disse uma fonte de segurança à AFP.
Quando se viu cercado, ele "abriu fogo indiscriminadamente contra as forças de segurança", destacaram posteriormente em um comunicado.
A agência estatal INA informou que a operação buscava deter "pessoas perseguidas, escondidas em uma casa, cujo proprietário abriu fogo contra as forças de segurança".
"Ao entrar na casa na qual o proprietário se negou a se entregar, a unidade descobriu que todos os membros de sua família, que somavam 20 civis, tinham morrido", explicou a agência.
Outra fonte de Inteligência informou à AFP que a pessoa procurada fazia parte do grupo Estado Islâmico.
O Iraque cantou vitória em 2017 contra este grupo jihadista, que ocupou amplas partes do norte e do oeste do país em 2014.
No entanto, o grupo Estado Islâmico mantém uma insurgência de baixo perfil, especialmente no norte, que perturba os esforços de restabelecer a estabilidade no país.
* AFP