Ao menos 850 ativistas, jornalistas, funcionários da Justiça e líderes comunitários na Guatemala sofreram violações de seus direitos fundamentais, denunciou uma organização humanitária nesta terça-feira (14).
A Unidade de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos na Guatemala (UDEFEGUA) afirmou em um comunicado que entre janeiro e novembre recebeu 846 denúncias, das quais 839 foram verificadas como agressões contra pessoas, organizações ou comunidades de defesa.
O número é menor que as 1.055 agressões registradas em 2020, ano que foi marcado pela pandemia da covid-19.
Segundo a organização, as agressões mais comuns são assassinato, criminalização dos protestos e o assédio.
A UDEFEGUA documentou 11 assassinatos de defensoras dos direitos humanos, três tentativas de assassinatos e 5 atos de tortura e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, afirmou.
De acordo com a entidade, as agressões e violência buscam "aprofundar a corrupção, usar a repressão contra quem se opõe à imposição deste governo e garantir a impunidade a favor daqueles que lideram a consolidação desse Estado autoritário".
* AFP