O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu mais uma vez enfrentar os ataques "implacáveis" dos republicanos aos direitos de voto das minorias, nesta sexta-feira (17), durante um discurso para estudantes em uma universidade historicamente relacionada à comunidade afro-americana.
"Nunca vi nada como esse ataque implacável ao direito ao voto", afirmou o líder democrata em uma cerimônia de formatura na Universidade Estadual da Carolina do Sul, em Orangeburg.
A presença de Biden teve um forte componente simbólico e político. O presidente de 79 anos foi convidado por Jim Clyburn, parlamentar da Carolina do Sul e um dos políticos negros mais influentes dos Estados Unidos, cujo apoio a Biden foi fundamental na eleição presidencial de 2020.
Além disso, a universidade onde Biden fez o discurso faz parte de um grupo de instituições conhecido como "Faculdades e Universidades Historicamente Negras", inaugurado após a Guerra Civil para abrigar estudantes negros excluídos dos campus desse estado onde imperava a segregação.
O presidente democrata falou sobre as reformas eleitorais realizadas em vários estados conservadores, que, de acordo com grupos de direitos civis, dificultaram o voto das minorias.
Também alertou que "esta nova combinação sinistra de supressão de votantes (...) e subversão eleitoral não é americana".
O ex-presidente Donald Trump, ainda bastante influente entre os republicanos, continua a insistir que foi o verdadeiro vencedor das eleições de 2020.
Alguns observadores o acusaram de implementar mecanismos locais que lhe permitirão influenciar a contagem dos votos nas próximas eleições presidenciais.
"Esta batalha não acabou", declarou Biden. "Continuamos a enfrentar as forças mais antigas e sombrias desta nação: o ódio e o racismo."
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Ele mencionou ainda outra promessa de campanha para a comunidade afro-americana: a reforma policial, após a morte de vários cidadãos negros nas mãos da polícia, incluindo George Floyd em Minneapolis, em maio de 2020. Lá, o presidente foi prejudicado por sua escassa maioria no Congresso.
* AFP