O Iraque anunciou, nesta quinta-feira (25), que organizou dois voos extras para repatriar mais de 600 migrantes que se encontram na fronteira entre Belarus e Polônia, uma semana depois de ter repatriado quase 400 pessoas, principalmente curdos iraquianos.
O Ministério do Transporte vai operar "dois voos excepcionais nesta quinta-feira à noite para retirar os cidadãos iraquianos bloqueados na fronteira entre Belarus e Polônia", informaram as autoridades em um comunicado.
Dois aviões decolaram do aeroporto internacional de Bagdá rumo a Minsk, acrescenta o comunicado, que não especificou quantas pessoas serão repatriadas.
Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ahmad al Sahaf, "617 iraquianos bloqueados na fronteira" deveriam voltar ao seu país, reportou a agência de notícias estatal INA.
Lawk Ghafuri, encarregado das autoridades do Curdistão para os meios de comunicado, tinha informado anteriormente à AFP que o primeiro avião chegaria depois da meia-noite a Erbil e que dali seguiria para Bagdá.
Esta região autônoma trabalha em coordenação com as autoridades federais para organizar as repatriações.
Há uma semana, 431 pessoas foram repatriadas em um voo da companhia nacional Iraqi Airways, que fez escala em Erbil para o desembarque da maioria dos passageiros, antes de aterrissar em Bagdá.
Desde o verão, milhares de pessoas que tentam chegar à Europa ocidental se encontram bloqueadas na fronteira entre Belarus e Polônia.
Segundo a mídia polonesa, ao menos doze delas teriam morrido dos dois lados da fronteira.
O Ocidente acusa o governo de Belarus de ter provocado essa crise migratória, entregando vistos, em represália pelas sanções impostas contra o Executivo de Alexander Lukashenko pelos países ocidentais. Belarus nega as acusações e critica os países da União Europeia por não receberem os migrantes.
* AFP