Cerca de dez funcionários etíopes que trabalhavam para a ONU foram detidos na Etiópia em ataques contra a etnia tigré em um contexto de estado de emergência,informaram a ONU e fontes humanitárias à AFP nesta terça-feira(9).
"Alguns deles foram presos em suas casas", disse uma das fontes. Uma porta-voz em Genebra destacou que a ONU exigiu que o Ministério das Relações Exteriores da Etiópia fosse libertado.
O governo decretou estado de emergência de seis meses há uma semana em meio ao temor crescente de que combatentes da Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF) e grupos rebeldes do Exército de Libertação Oromo (OLA) avancem em direção à capital.
Grupos de direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional, denunciaram as medidas de emergência, que permitem que qualquer pessoa suspeita de apoiar "grupos terroristas" seja revistada e detida sem mandado.
Os advogados dizem que as prisões arbitrárias de pessoas da etnia tigré, comuns durante a guerra, dispararam na última semana.
Os encarregados da aplicação da lei descrevem essas prisões como parte de uma ofensiva legítima contra a TPLF e o OLA.
* AFP