Pelo menos 30.000 ex-membros das milícias Hashd al Shaabi no Iraque serão reintegrados e vão receber seus salários após terem sido demitidos nos últimos anos, anunciou nesta segunda-feira (13) a coalizão paramilitar que ajudou a derrotar o grupo Estado Islâmico.
O anúncio, feito semanas antes das eleições legislativas de 10 de outubro, ocorre depois de meses de manifestações de ex-integrantes desta coalizão, cujos empregos já expiraram.
Ahmad Assadi, líder do bloco Hashd no Parlamento, disse em um comunicado que o ministério das Finanças autorizou a reintegração de 30.000 membros na força, que opera formalmente sob a proteção do aparato de segurança iraquiano.
Muitos foram destituídos entre 2015 e 2018, disse Assadi à AFP, em sua maioria tendo o absenteísmo como a principal causa.
A Hashd al Shaabi, criada em 2014 para apoiar o exército iraquiano, tem mais de 160.000 membros e é composta em sua maioria por dezenas de grupos xiitas pró-iranianos.
Faleh al-Fayyad, alto membro da coalizão, disse na televisão que a organização vai usar seus recursos para financiar a operação de reintegração e urgiu o governo a voltar a recrutar outros que ficaram de fora.
* AFP