Seis iraquianos condenados à morte, três deles por "terrorismo", foram enforcados nesta segunda-feira (30) em uma prisão no sul do Iraque, disse uma fonte médica à AFP.
Os enforcamentos ocorreram na prisão de Nasiriya, onde ficam os detidos os condenados à morte, disse esta fonte.
Como acontece com todas as execuções no Iraque, a ordem foi ratificada pelo presidente, Barham Saleh, que pessoalmente se diz contra a pena de morte.
Segundo a Anistia Internacional, o Iraque é o quarto país do mundo com a maior execução da pena de morte. A ONG acrescentou que em 2020 houve mais de 45 execuções no país, entre elas as de muitas pessoas acusadas de pertencer ao grupo jihadista Estado Islâmico.
De acordo com uma contagem da AFP, pelo menos 14 pessoas condenadas por "terrorismo" foram executadas desde o início do ano no Iraque.
Em novembro de 2020, a comunidade internacional realizou uma campanha após a execução de 21 condenados, quase todos por "terrorismo", na tentativa de deter a aplicação da pena de morte no país.
Fontes na presidência iraquiana disseram à AFP que mais de 340 condenações por "atos criminosos ou terroristas" foram ratificadas, desde 2014, pelo presidente Saleh e seu antecessor, Fuad Masum.
As execuções são reivindicadas por uma parte da população iraquiana que sofreu sob o regime do EI, quando os jihadistas ocuparam mais de um terço do território entre 2014 e 2017, ou pelos ataques do grupo.
Embora tenha sido derrotado na frente militar no final de 2017, o EI continua realizando ataques ocasionais e assassinatos seletivos, especialmente no norte do Iraque e na área de Bagdá.
Na justiça iraquiana, além do "terrorismo", os homicídios dolosos também são punidos com a morte por enforcamento.
* AFP