Os governos da Noruega e da Dinamarca anunciaram, nesta sexta-feira (13), o fechamento temporário de suas embaixadas em Cabul e a evacuação de todos os funcionários, devido à grave situação no Afeganistão.
Finlândia, Holanda e Suíça também anunciaram medidas para retirar funcionários ou colaboradores de suas representações em Cabul, em alguns casos também trabalhadores afegãos.
"Os dinamarqueses no Afeganistão devem deixar o país imediatamente. A situação é muito grave", alertou Jeppe Kofod, ministro das Relações Exteriores do país.
Na quarta-feira, o governo dinamarquês propôs retirar cerca de 45 afegãos que trabalham ou trabalharam para a Dinamarca, para evitar possíveis retaliações dos talibãs contra eles após o fim da retirada das tropas internacionais, que está quase concluída.
A evacuação da equipe da embaixada da Noruega também se aplica aos afegãos empregados localmente e com familiares próximos na Noruega que assim desejarem", afirmou Ine Eriksen Søreide, ministra da Relações Exteriores da Noruega.
A Finlândia vai retirar "até 130 afegãos que estiveram empregados no serviço da Finlândia, da UE e da Otan, assim como suas famílias", mas manterá sua representação aberta no Afeganistão.
A Suíça, que não tem embaixada no Afeganistão, anunciou nesta sexta-feira que vai repatriar seus colaboradores helvéticos (menos de dez) na Direção de Desenvolvimento e Cooperação (DDC, a representação da Suíça no Afeganistão desde 2002).
Além disso, as autoridades suíças afirmaram que cerca de quarenta de seus colaboradores locais na DDC e seus familiares poderão obter um visto humanitário.
Já o governo holandês anunciou que vai repatriar os intérpretes afegãos que tenham trabalhado ou trabalhem para a Holanda e parte de sua equipe na embaixada de Cabul, embora tenha reiterado não é uma "evacuação" e que planeja manter sua representação aberta o quanto for possível.
Os anúncios ocorrem depois que Washington anunciou, na quinta-feira, o envio de milhares de soldados a Cabul para retirar seus diplomatas e cidadãos diante do avanço dos talibãs para a capital afegã. Uma medida imitada pelo Reino Unido.
* AFP