Prisioneiros da gangue Barrio 18 libertaram, nesta sexta-feira (13), cerca de vinte guardas que mantinham como reféns desde quarta-feira na prisão "El Infiernito" de Guatemala, como exigência pela transferência de seus líderes para esse presídio.
"Às 03h30 locais (06h30 em Brasília) eles foram libertados. Todos estão bem, já foram avaliados", disse à AFP uma funcionária da área de Comunicação do Sistema Penitenciário (SP).
Embora nesta quinta-feira a instituição tenha informado que os criminosos mantinham 17 guardas reféns - após a libertação pela manhã da única mulher agente penitenciária do grupo -, foi "confirmado" que eram 23 as pessoas detidas, entre elas um enfermeiro, acrescentou a fonte.
A libertação ocorreu "sem violência", informou a funcionária, sem especificar os acordos alcançados para a libertação da equipe do Centro de Alta Segurança Canadá, nome oficial do presídio localizado no departamento de Escuintla.
Marco Cabrera, representante do defensor público em Escuintla, explicou na quinta-feira à AFP que os presos prenderam os guardas na quarta-feira à noite para exigirem às autoridades o retorno de vários líderes da gangue que foram transferidos para outros presídios do país.
No presídio se encontram cerca de 200 membros do Bairro 18, quadrilha que junto com sua antagônica Mara Salvatrucha se dedica a extorquir, principalmente de comerciantes e empresários de transporte de passageiros.
Trabalhadores de comércios, motoristas ou cobradores de ônibus foram assassinados por falta de pagamento em diversas ocasiões, segundo as autoridades .
Com presença significativa na América Central, as gangues e o narcotráfico são responsáveis por quase metade das 3.500 mortes violentas que ocorrem a cada ano no país, segundo autoridades.
* AFP