Um grupo de pescadores encontrou nesta segunda-feira (14) pelo menos 25 corpos de migrantes, que, aparentemente, tentavam desembarcar no Iêmen, na esperança de chegar aos países ricos do Golfo - disse um funcionário do governo iemenita à AFP.
"Os pescadores encontraram 25 corpos no mar" perto do estreito de Bab al Mandeb e do Djibuti, relatou Jalil Ahmed Ali, acrescentando que a embarcação em que estavam "virou há dois dias, transportando entre 160 e 200 pessoas".
Até o momento, nada se sabe de seus demais ocupantes.
Os pescadores disseram que os corpos flutuavam na água na área de Ras al Ara, na província de Lahij (sul), de onde se avista o estreito de Bab al Mandab, frente ao Djibuti.
"Encontramos 25 corpos de africanos que morreram afogados quando um barco que transportava dezenas deles naufragou na costa do Iêmen", contou um dos pescadores.
"Vimos esses corpos flutuando a umas 10 milhas (náuticas, cerca de 18,5 quilômetros) da costa de Ras al Ara", disse outro.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência da ONU, confirmou à AFP que um barco havia afundado na área. Ainda se tenta estabelecer os detalhes do incidente.
Apesar da dura guerra no empobrecido Iêmen, os migrantes continuam seguindo para lá, na esperança de continuar o caminho e encontrar trabalho na Arábia Saudita e em outros países ricos em petróleo. Estas economias empregam milhões de trabalhadores estrangeiros.
Os migrantes costumam ficar presos no Iêmen, que vive a pior crise humanitária do mundo após seis anos de conflito.
Nos últimos meses, dezenas de migrantes morreram afogados no Estreito de Bab al Mandab, que separa o Djibuti do Iêmen. Esta é uma importante rota para o comércio marítimo internacional, mas também para o tráfico de pessoas.
* AFP