Os rebeldes huthis do Iêmen condenaram, nesta segunda-feira (11), sua designação como grupo "terrorista", por parte do governo americano de Donald Trump, e disseram que se reservam o direito de responder.
"Os americanos são responsáveis pelo terrorismo. A política e as ações do governo Trump são terrorismo também. Suas políticas refletem um pensamento em crise e são condenáveis, e nós temos o direito de responder", tuitou um alto funcionário rebelde, Mohamed Ali Al Huthi.
Ontem à noite, a dez dias do fim de seu mandato, o governo Trump anunciou que incluirá os rebeldes huthis do Iêmen em sua lista negativa de grupos "terroristas".
Segundo organizações internacionais de direitos humanos, isso pode agravar a crise humanitária na área.
Esta sanção tem como objetivo responsabilizar os huthis "por seus atos terroristas, em particular os ataques transfronteiriços que ameaçam as populações civis, as infraestruturas e o transporte marítimo", declarou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em um comunicado.
O grupo rebelde controla parte do Iêmen e já havia recebido sanções dos Estados Unidos.
A Arábia Saudita elogiou a medida dos EUA.
"O Ministério das Relações Exteriores saúda a decisão do governo americano de designar a milícia dos huthis como uma organização terrorista", indicou a agência oficial de notícias saudita SPA.
O veículo acrescenta que isso vai "ao encontro dos apelos do governo legítimo iemenita de acabar com as atividades desta milícia apoiada pelo Irã".
* AFP