Homens armados mataram mais de cem pessoas nesta quarta-feira (23) no oeste da Etiópia, informou o organismo nacional de direitos humanos, no mais recente de uma série de ataques mortais na região.
A Comissão de Direitos Humanos da Etiópia, um organismo da estrutura governamental, mas independente, anunciou em um comunicado divulgado esta tarde que "mais de cem pessoas morreram em incêndios e por disparos efetuados por homens armados" na região de Benishangul-Gumuz.
A Comissão destacou que os sobreviventes tinham "inquietantes provas fotográficas do ataque", que começou horas antes do amanhecer e teve como alvo "moradores que dormiam" na região de Metekel e continuou até a tarde de quarta-feira.
Ao menos outras 36 pessoas eram atendidas com ferimentos a bala e flechas em um hospital de Bulen, a 90 km de onde o ataque ocorreu, acrescentou a fonte.
"Além do dano infligido às vidas e aos corpos das pessoas, cultivos foram incendiados. Uma vítima nos contou que viu 18 destes incêndios", diz o comunicado.
Não havia "polícia, nem força de segurança" posicionada na região neste momento, disse a comissão. Militares foram enviados ao local nesta terça para acalmar as tensões, mas foram embora pouco depois.
Algumas das vítimas do ataque contaram que conheciam seus agressores, segundo a comissão, que acrescentou que se devia enviar ajuda humanitária à região para auxiliar os deslocados e os feridos.
* AFP