Cerca de 50 jihadistas filiados à Al-Qaeda foram mortos na sexta-feira em uma operação lançada no Mali pelo exército francês, na chamada zona das "três fronteiras", perto de Burkina Faso, anunciou nesta segunda-feira (2) a ministra francesa da Defesa, Florence Parly.
"Em 30 de outubro no Mali, a força Barkhane realizou uma operação que possibilitou neutralizar mais de 50 jihadistas e confiscar armas e material", declarou, durante uma viagem ao Níger e ao Mali.
Parly esteve na segunda-feira em Bamako, onde reiterou o apoio de Paris às forças malienses frente aos jihadistas.
Em sua primeira entrevista com as autoridades de transição malienses, Parly se referiu aos bombardeios realizados na sexta-feira contra uma coluna de jihadistas relacionados à Al Qaeda.
"Esta ação de oportunidade dá um golpe significativo a um grupo terrorista filiado à Al Qaeda, uma katiba (unidade combatente) de Ansarul Islam (...), pero da fronteira com Burkina Faso", disse.
Fundado por Malam Dicko, o grupo Ansarul Islam reivindicou muitos ataques contra o exército burquinense.
Os Estados Unidos incluíram o grupo em sua lista de "terroristas" no começo de 2018.
Segundo Parly, o exército francês conseguiu registrar, por meio de drones, uma importante coluna de combatentes que viajavam de moto.
"As motos se reuniram em seguida e se esconderam debaixo das árvores. Tínhamos dois aviões Mirage na região e Barkhane desencadeou de imediato a operação e bombardeou", explicou.
Parly realizava sua primeira visita às autoridades malienses, instaladas pelos militares após o golpe de Estado de 18 de agosto.
A França mantém mobilizados 5.100 soldados no âmbito da operação Barkhane.
* AFP