O governo português anunciou nesta sexta-feira (14) a abertura de uma investigação, depois que a Venezuela acusou a empresa portuguesa TAP de permitir que um familiar do opositor Juan Guaidó carregasse explosivos a bordo de um avião.
"Dadas as declarações das autoridades venezuelanas sobre uma violação de segurança em um voo de Lisboa", o ministro português do Interior abriu uma investigação "para determinar o que aconteceu", afirmou o Ministério em um comunicado.
Juan Márquez, tio de Juan Guaidó, que viajava na companhia de seu sobrinho de volta dos EUA e da Europa, foi preso na chegada à Venezuela por portar explosivos ocultos em vários objetos, conforme relatado pelo líder chavista Diosdado Cabello.
Em seu programa na televisão estatal, Cabello, presidente da Assembleia Constituinte oficial que governa a Venezuela como suprapoder, assegurou que Márquez "trazia lanternas táticas" escondidas "no compartimento das baterias, com substâncias químicas de natureza explosiva, supostamente explosivo sintético C4".
Cabello acusou a TAP de violar "padrões internacionais" por "permitir que eles tragam explosivos" e ocultar a identidade de Guaidó na lista de passageiros.
Durante uma viagem à Índia, o ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, afirmou que as acusações feitas pela Venezuela "não fazem sentido" e disse esperar que "este pequeno incidente seja rapidamente resolvido".
* AFP