O governo etíope convidou nesta sexta-feira seus cidadãos a visitar o antigo centro de detenção de Maekelawi, em Addis Abeba, que ficou tristemente famoso pela tortura praticada por décadas contra presos políticos.
A abertura ao público de Maekelawi, fechada definitivamente no ano passado, responde à "promessa de nunca repetir o tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante" praticado no passado neste local, afirma em um comunicado a polícia federal da Etiópia.
O primeiro-ministro etíope, Abiyi Ahmed, recebeu numerosos elogios por ter libertado os presos políticos após a posse em abril de 2018.
Nesse mesmo mês, foi autorizado o fechamento de Maekelawi, que começou a operar nos anos setenta e oitenta sob o duro regime comunista de Derg.
No entanto, os defensores dos direitos humanos acreditam que o governo Ahmed não cumpriu suas promessas iniciais e adotou as mesmas práticas repressivas que seus antecessores, especialmente após a tentativa de golpe de junho contra o governo da região de Amhara, em o que morreram cinco altos funcionários, entre eles o chefe de gabinete do exército etíope.
As autoridades etíopes pretendem converter a prisão de Maekelawi em museu.
* AFP